Você é psicólogo autônomo e, em algum momento, precisou atender uma empresa ou instituição? Então talvez já tenha ouvido falar do RPA (Recibo de Pagamento Autônomo) — um documento que ainda causa muita dúvida, mas é essencial para quem não possui CNPJ.
Neste artigo, vamos explicar de forma simples o que é o RPA, quando utilizá-lo e como emitir corretamente. Além disso, vamos mostrar o que muda para o psicólogo que já tem CNPJ e incluir reflexões sobre como cada decisão impacta o seu crescimento profissional.
Índice
1. O que é RPA e quando deve ser usado?
O RPA é um documento utilizado para formalizar o pagamento de um serviço prestado por pessoa física a uma pessoa jurídica, ou seja, quando um profissional autônomo (sem CNPJ) realiza um trabalho para uma empresa.
No caso do Psicólogo, isso é comum quando ele atende escolas, clínicas parceiras, convênios ou empresas que contratam seus serviços sem vínculo empregatício.
O RPA funciona como uma alternativa à nota fiscal, válida apenas para quem atua como autônomo (Pessoa Física). Por isso, ele serve para registrar a prestação de serviço e garantir que os impostos sejam recolhidos corretamente.
2. Quais impostos são cobrados no RPA
Ao emitir um RPA, alguns impostos são retidos diretamente pela empresa contratante, que repassa o valor líquido ao psicólogo. Os principais são:
- INSS: contribuição previdenciária (geralmente entre 11% e 20%), garantindo acesso a benefícios como aposentadoria e auxílio-doença;
- IRRF: Imposto de Renda Retido na Fonte, variável conforme a faixa de rendimento;
- ISS: Imposto sobre Serviços, que pode variar de acordo com o município (em média, de 2% a 5%).
Esses descontos devem aparecer discriminados no recibo, para que o psicólogo saiba exatamente o quanto foi retido e possa declarar corretamente no Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF).
Aproveite para ler: O Psicólogo é obrigado a emitir nota fiscal?
3. Como emitir o RPA passo a passo
Embora pareça burocrático, o processo é simples quando se entende o fluxo correto. Veja o passo a passo:
- Baixe um modelo de RPA (há diversos gratuitos disponíveis online).
- Preencha os dados completos do psicólogo (nome, CPF, endereço e número do INSS).
- Inclua as informações da empresa contratante (razão social, CNPJ e endereço).
- Descreva o serviço prestado, especificando a data, local e valor do atendimento.
- Calcule e destaque os impostos retidos (INSS, IRRF e ISS, se aplicável).
- Assine o documento e entregue à empresa, que também deve assinar e arquivar uma cópia.
Dica: manter um controle desses recibos é essencial para a sua declaração anual do Imposto de Renda. Cada RPA comprova sua renda e ajuda a evitar inconsistências com a Receita Federal.
4. Diferença entre RPA e Nota Fiscal
Muitos psicólogos confundem RPA com nota fiscal, mas a diferença está na forma de atuação.
- O RPA é usado apenas por Pessoa Física (autônomo).
- A nota fiscal é obrigatória para quem possui CNPJ (Pessoa Jurídica).
Quando o psicólogo decide abrir uma empresa, ele passa a emitir notas fiscais eletrônicas, e o RPA deixa de ser necessário. Nesse caso, há também novas vantagens tributárias e maior credibilidade profissional.
Leia também: É obrigatório um Psicólogo ter CNPJ?
5. Quando deixar de usar o RPA e migrar para o CNPJ
Com o aumento da demanda, muitos Psicólogos percebem que o modelo de autônomo começa a limitar o crescimento.
O excesso de impostos na Pessoa Física e a impossibilidade de deduzir despesas do consultório acabam reduzindo o lucro líquido.
Assim, abrir um CNPJ se torna uma decisão estratégica. Além da possibilidade de pagar menos impostos (por meio do Simples Nacional), o psicólogo ganha em profissionalismo e facilidade para firmar contratos maiores.
E é nesse ponto que entra o papel da contabilidade especializada em psicólogos. Uma boa assessoria ajuda a calcular o ponto de virada ideal, entender o regime mais vantajoso e fazer a transição com segurança.
6. Uma história real para ilustrar
Para tornar isso mais claro, imagine Marina, uma psicóloga clínica que começou atendendo como autônoma.
No início, ela usava o RPA para receber de uma escola e dois convênios. Tudo parecia simples, até que percebeu que estava pagando altos valores de imposto e perdendo oportunidades de parcerias maiores.
Ao conversar com uma contadora especializada, Marina descobriu que abrir um CNPJ pelo Simples Nacional reduziria seus tributos em quase 60%. Hoje, com a ajuda de uma contabilidade voltada para psicólogos, ela emite notas fiscais, tem um controle financeiro mais claro e se sente mais segura para expandir seu consultório.
Essa transição não apenas otimizou seus ganhos, como também trouxe uma sensação de leveza e clareza — dois valores que a RW Office acredita e prática em cada atendimento.
Conclusão
O RPA é uma ferramenta útil para quem está começando como psicólogo autônomo, mas não deve ser uma solução permanente. À medida que o trabalho cresce, migrar para o CNPJ traz benefícios fiscais e profissionais.
Entender quando fazer essa transição é o que diferencia o psicólogo que apenas atende daquele que constrói um negócio sólido e sustentável.
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