Abrir um CNPJ é um passo importante para qualquer profissional que deseja crescer e formalizar o negócio. Mas uma das dúvidas mais comuns — especialmente entre psicólogos — é: quanto um PJ paga de imposto por mês?
Para responder de forma clara, vamos entender os principais fatores que influenciam esse valor, como calcular corretamente e o que pode ser feito para pagar menos dentro da lei.
Índice
1. Entendendo a tributação do PJ
Antes de falar em valores, é fundamental compreender como funciona o regime tributário. O psicólogo (ou qualquer outro profissional liberal) pode se enquadrar no Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real.
Contudo, na prática, a grande maioria dos psicólogos opta pelo Simples Nacional, já que é o regime mais simples e vantajoso para quem está começando. Nele, todos os impostos (federais, estaduais e municipais) são pagos em uma única guia: o DAS.
Além disso, é importante lembrar que os valores variam conforme o faturamento anual, o tipo de atividade e a faixa do Simples Nacional.
2. Quanto paga um psicólogo PJ no Simples Nacional?
Em média, um psicólogo enquadrado no Anexo III do Simples Nacional paga a partir de 6% sobre o faturamento bruto mensal.
Essa alíquota inicial pode subir conforme o crescimento do faturamento, chegando a até 33%, mas apenas em casos de rendimentos muito elevados (acima de R$ 4,8 milhões ao ano).
Vamos ver na prática:
- Faturamento de R$ 5.000/mês: imposto de aproximadamente R$ 300.
- Faturamento de R$ 10.000/mês: imposto de cerca de R$ 600.
- Faturamento de R$ 20.000/mês: imposto de cerca de R$ 1.200.
Esses valores são estimativas médias, podendo variar conforme deduções e o tipo de serviço prestado.
3. Outros custos fixos que o psicólogo PJ precisa considerar
Além da carga tributária, manter um CNPJ envolve alguns custos fixos importantes que garantem que o negócio esteja em dia com as obrigações legais e funcionando de forma organizada. Embora muitos psicólogos pensem apenas no imposto mensal, é essencial entender o conjunto de despesas que acompanham a formalização.
Honorários do contador
Mesmo que os sistemas de gestão financeira estejam cada vez mais acessíveis, o apoio de um contador especializado é indispensável. Ele é quem cuida da parte fiscal, faz o cálculo correto dos impostos, envia as declarações obrigatórias e evita multas.
Os honorários variam conforme a cidade e o volume de serviços, mas normalmente ficam entre R$ 300 e R$ 700 por mês. Vale lembrar que esse valor também inclui a assessoria contábil contínua — uma espécie de “guarda-chuva” que protege o psicólogo de imprevistos fiscais.
Taxas municipais e alvará de funcionamento
Para atuar legalmente, a clínica ou consultório precisa estar regularizado junto à prefeitura. Isso inclui a emissão do alvará de funcionamento, um documento obrigatório que garante que o local cumpre as normas de segurança, acessibilidade e zoneamento.
Essas taxas são anuais e podem variar bastante conforme o município, mas, de modo geral, representam um pequeno custo fixo no orçamento do CNPJ.
Sistema de emissão de notas fiscais
A emissão de notas fiscais é essencial para manter a transparência das operações e cumprir as exigências legais. Alguns municípios oferecem plataformas gratuitas, mas, em muitos casos, o psicólogo precisa contratar um sistema de gestão e emissão de NF, que pode custar entre R$ 30 e R$ 100 por mês.
Essas ferramentas também ajudam a automatizar a contabilidade, facilitando a comunicação com o contador e o controle financeiro.
Contribuição previdenciária (INSS)
Outro ponto importante é a contribuição ao INSS como empresário. Embora não seja obrigatória para quem é PJ, essa contribuição garante benefícios como aposentadoria e auxílio-doença.
A boa notícia é que o valor pode ser ajustado de acordo com a renda, oferecendo flexibilidade para quem está começando.
Com todos esses elementos somados — impostos, honorários, taxas e sistemas —, o custo médio mensal para manter um CNPJ ativo gira em torno de R$ 500 a R$ 1.200. Essa variação depende da estrutura do negócio, da localização e do nível de organização contábil do psicólogo.
Entretanto, é importante enxergar esses custos não como um gasto, mas como um investimento na segurança e no crescimento profissional. Afinal, um CNPJ bem administrado permite reduzir tributos, organizar as finanças e abrir portas para novas oportunidades de parcerias e expansão.
4. Como pagar menos imposto sendo PJ?
Muitos psicólogos acabam pagando mais impostos do que realmente deveriam — e, na maioria das vezes, isso acontece por falta de uma orientação contábil adequada. É comum que, no início da jornada como PJ, o profissional se preocupe apenas em emitir notas e cumprir as obrigações básicas. No entanto, a falta de um olhar estratégico pode gerar desperdício financeiro mês após mês.
Com o apoio de um contador especializado em psicólogos, tudo muda. Você passa a ter clareza sobre onde está o seu dinheiro e como reduzir legalmente seus tributos. Um profissional que entende sua rotina pode ajudar a:
- Avaliar se o enquadramento tributário está correto, evitando que você pague alíquotas mais altas sem necessidade;
- Deduzir despesas legítimas do seu negócio — como aluguel, internet, materiais de consultório e softwares — e, assim, reduzir o imposto de forma inteligente;
- Simular diferentes cenários tributários para identificar qual regime (Simples Nacional, Lucro Presumido etc.) é mais vantajoso para o seu caso;
- Evitar multas e irregularidades, mantendo sua contabilidade organizada e dentro do prazo.
Em outras palavras, um contador especializado não é apenas quem faz declarações — é quem te ajuda a tomar decisões financeiras com confiança.
E, quando o psicólogo entende seus números, ele ganha algo muito maior do que economia: tranquilidade para se dedicar ao que realmente importa — cuidar de pessoas.
👉 Aqui vale a pena conferir o artigo: Como funciona o PJ para Psicólogo?, que explica detalhadamente o passo a passo da abertura, obrigações e vantagens do CNPJ.
5. Comparando PF e PJ
À primeira vista, trabalhar como pessoa física (PF) parece mais simples. Você recebe, declara o Imposto de Renda e pronto. No entanto, essa aparente facilidade esconde um peso financeiro significativo: a alíquota pode chegar a 27,5%, dependendo da sua faixa de rendimento. Ou seja, quanto mais você ganha, mais o imposto consome da sua renda.
Por outro lado, ao se tornar pessoa jurídica (PJ), o cenário muda completamente. A tributação inicial começa em torno de 6%, e o psicólogo passa a ter mais autonomia para administrar o próprio dinheiro. Além disso, é possível deduzir custos operacionais — como aluguel da sala, internet, materiais de trabalho e softwares de gestão — reduzindo de forma legal e estratégica o valor final dos impostos.
Mais do que uma diferença de números, essa escolha representa uma mudança de mentalidade: o psicólogo deixa de ser apenas um prestador de serviço e assume o papel de empreendedor. Isso abre espaço para planejar, investir no consultório e construir um negócio sustentável e lucrativo.
Em resumo, enquanto a PF paga para trabalhar, o PJ investe para crescer — e esse é o primeiro passo para transformar o consultório em uma empresa sólida, com previsibilidade e liberdade financeira.
Para quem ainda tem dúvidas, o artigo Quanto um Psicólogo PJ paga de imposto? detalha como calcular e o que considerar antes de formalizar.
6. A história da Ana — e o momento em que tudo começou a fazer sentido
Imagine a Ana, uma psicóloga apaixonada pela profissão, que há três anos atendia como autônoma.
Os pacientes estavam chegando, as sessões iam bem, e ela sentia que estava finalmente estabilizada. Mas, todo mês, acontecia a mesma coisa: o dinheiro entrava… e sumia rapidamente.
Ela não entendia como, mesmo trabalhando tanto, o saldo bancário nunca refletia seu esforço.
Até que um dia, ao conversar com outra colega de profissão, descobriu que talvez estivesse pagando mais impostos do que deveria.
Curiosa (e um pouco desconfiada), Ana procurou uma contadora especializada em psicólogos.
Durante a conversa, ela percebeu que o problema não era falta de clientes — era falta de estrutura financeira e orientação contábil.
A contadora explicou que, como pessoa física, Ana estava na faixa mais alta do Imposto de Renda, chegando a pagar até 27,5% sobre seus ganhos.
Ao abrir um CNPJ, a tributação cairia para cerca de 6%, com direito a deduzir despesas essenciais do consultório — aluguel, internet, materiais, até o software de agendamento.
A mudança foi transformadora.
Em poucos meses, Ana não só passou a economizar mais de mil reais por mês, como também criou um planejamento financeiro realista.
Hoje, ela sabe quanto fatura, quanto investe e quanto pode retirar com tranquilidade.
Com essa clareza, conseguiu investir em uma nova poltrona para o consultório, reformar o espaço e até reservar uma parte dos ganhos para o futuro.
Ana descobriu algo simples, mas poderoso:
A contabilidade não é só uma obrigação — é um instrumento de liberdade.
E foi aí que ela passou a enxergar sua profissão como um negócio, com propósito, estabilidade e crescimento.
Essa é a realidade de muitos profissionais da psicologia: o CNPJ não é apenas uma obrigação fiscal, mas uma ferramenta estratégica de crescimento.
7. Conclusão
Saber quanto um PJ paga de imposto por mês vai muito além de uma simples curiosidade contábil.
Esse entendimento é o que permite ao psicólogo assumir o controle financeiro do próprio consultório, evitando surpresas, planejando investimentos e traçando metas possíveis de alcançar.
Quando o profissional conhece o peso real dos tributos e dos custos fixos, ele deixa de agir no escuro e passa a tomar decisões com consciência e segurança — seja ao definir o valor das sessões, ao decidir por uma expansão ou ao reservar uma quantia para o futuro.
Mais do que cumprir obrigações legais, compreender a contabilidade é um ato de autoconhecimento profissional.
É enxergar o dinheiro como aliado, e não como um fator de estresse.
É construir um negócio saudável, sustentável e coerente com o propósito de cuidar de pessoas.
E quando há clareza, nasce também a liberdade — liberdade para planejar, investir, crescer e viver com mais tranquilidade o resultado do próprio trabalho.
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