Descubra quais impostos são cobrados no RPA para psicólogos e saiba se essa é realmente a melhor forma de receber pelos atendimentos. Além disso, entenda tudo antes de emitir seu próximo recibo!
Índice
Entenda o que é RPA e por que ele é tão usado por Psicólogos
O RPA (Recibo de Pagamento Autônomo) é uma forma simples de o psicólogo receber por um serviço prestado sem ter CNPJ.
É muito comum no início da carreira — principalmente quando o profissional ainda não tem um volume fixo de pacientes ou atende esporadicamente para clínicas e empresas.
Mas atenção: emitir RPA não significa estar isento de impostos.
Na verdade, ele vem acompanhado de descontos obrigatórios que precisam ser entendidos com cuidado para evitar problemas futuros com a Receita Federal.
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Quais impostos são cobrados no RPA
Ao emitir um RPA (Recibo de Pagamento Autônomo), o psicólogo precisa entender que nem todo o valor recebido vai direto para o bolso.
Isso porque o RPA já vem com impostos retidos na fonte, ou seja, o contratante — a clínica, empresa ou outro profissional que contratou o serviço — é responsável por recolher esses tributos e repassá-los ao governo.
Em outras palavras:
quando o psicólogo emite um RPA no valor de R$ 1.000, por exemplo, ele não recebe esse valor integral.
Desse total, o contratante desconta automaticamente os valores de INSS, IRRF e, em alguns casos, o ISS. O profissional recebe apenas o líquido, e o restante é recolhido em seu nome.
Esse processo é comum em trabalhos pontuais ou quando o psicólogo ainda não possui CNPJ — e é justamente por isso que muitos acabam sendo surpreendidos com valores menores do que o esperado ou dificuldades na hora de declarar o Imposto de Renda.
“Foi o que aconteceu com a Júlia, uma psicóloga recém-formada que começou a atender por RPA para uma clínica local. No primeiro mês, ela recebeu menos do que havia combinado e achou que tinha ocorrido um erro. Depois descobriu que eram os impostos — algo que ninguém havia explicado. A partir daí, ela decidiu aprender sobre o assunto e percebeu o quanto entender de finanças traz segurança e autonomia.”
Saber como funcionam as retenções é o primeiro passo para organizar melhor seus atendimentos, além disso, planejar seus ganhos e evitar surpresas no fim do mês.
1. INSS – Contribuição Previdenciária (11%)
O INSS é uma contribuição obrigatória que garante ao profissional direitos como aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade, por exemplo.
Quem emite o RPA tem o INSS descontado automaticamente pelo contratante, que recolhe esse valor em nome do psicólogo.
2. IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte (alíquota variável)
O IRRF só é cobrado se o valor do RPA ultrapassar o limite de isenção do Imposto de Renda, que muda anualmente.
Esse imposto é calculado com base em uma tabela progressiva, ou seja: quanto maior o valor recebido, maior a alíquota.
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3. ISS – Imposto Sobre Serviços (alíquota entre 2% e 5%)
O ISS é um imposto municipal, e sua cobrança depende da cidade onde o serviço foi prestado.
A alíquota normalmente varia entre 2% e 5%.
RPA ou CNPJ: qual vale mais a pena?
Emitir RPA (Recibo de Pagamento Autônomo) parece uma solução prática no início da carreira.
O psicólogo atende, o contratante emite o recibo, e os impostos são descontados automaticamente. Simples, certo?
Mas, com o passar dos meses, o que parecia fácil começa a pesar no bolso:
“Atendo tanto, mas o dinheiro parece sumir rápido.”
Isso acontece porque os descontos no RPA — de INSS, IRRF e ISS — podem somar até 30% do valor recebido.
E o pior: o profissional não pode deduzir nenhuma despesa do consultório (como aluguel, internet, materiais, transporte ou cursos).
Exemplo prático:
Se um psicólogo recebe R$ 6.000 por mês via RPA, ele pode acabar levando menos de R$ 4.200 líquidos, considerando todos os descontos.
Já como CNPJ (no Simples Nacional), o mesmo valor poderia ter uma tributação próxima de 6%, o que significa mais dinheiro no bolso — e além disso, a possibilidade de investir no próprio consultório.
Vantagens reais de ter um CNPJ
Com o CNPJ ativo, o psicólogo passa a ser reconhecido como uma empresa — porque isso muda completamente sua relação com o trabalho.
Além de economizar em impostos, ele ganha liberdade financeira e profissional.
Veja alguns dos principais benefícios:
- Paga menos impostos: a alíquota inicial no Simples Nacional começa em cerca de 6%, bem menor do que a soma dos descontos do RPA.
- Emite nota fiscal com facilidade: o que traz credibilidade para atendimentos corporativos e convênios.
- Constrói histórico profissional sólido: fundamental para quem sonha em abrir uma clínica ou expandir o consultório.
- Fortalece a imagem profissional: transmitir organização e seriedade ajuda a conquistar novas parcerias e oportunidades.
“A Ana começou como autônoma e achava que abrir CNPJ era complicado. Depois que percebeu que deixava mais de mil reais por mês em impostos, decidiu mudar. Hoje, com o apoio da RW Office, ela paga menos, organiza melhor suas finanças e se sente realmente dona do próprio negócio.”
Quando vale fazer a transição para CNPJ?
Geralmente, vale a pena considerar a abertura do CNPJ quando:
- O volume de atendimentos mensais passa de R$ 3.000 a R$ 4.000;
- O psicólogo atende empresas, convênios ou clínicas que exigem nota fiscal;
- Já há custos fixos relevantes (como aluguel e softwares de gestão);
- O profissional quer separar as finanças pessoais das profissionais.
Ou seja: o CNPJ não é apenas uma obrigação contábil — é um marco de profissionalização e crescimento.
Descubra mais em:
- Como funciona o PJ para Psicólogo
- Psicologia: abro clínica ou consultório?
- Consultório compartilhado de psicologia: vale a pena?
“O psicólogo que aprende a organizar sua vida financeira não está apenas cuidando do dinheiro — além disso, está garantindo mais tempo e paz para cuidar do outro.”
Conclusão
O RPA pode ser uma boa solução temporária, mas não é o caminho mais sustentável a longo prazo.
Com o apoio de uma contabilidade especializada em psicólogos, é possível entender cada detalhe fiscal, evitar erros na declaração e construir uma rotina financeira mais leve.
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